É possível prepararmo-nos para o fim da vida – da nossa e das pessoas que amamos – e com isso repensarmos a forma como queremos viver. Repensarmos a forma como estamos no mundo e uns com os outros. Falar da morte e do seu processo é uma oportunidade para nos pacificarmos, libertando-nos de crenças limitadoras e culpas, para vivermos uma vida mais consciente e com mais sentido.”
(Ana Catarina Infante – livro: A Passagem)
A morte não acontece somente quando perdemos o nosso corpo físico; ela ocorre sempre que mudamos algo, dentro ou fora de nós. Ela acontece quando fazemos escolhas e precisamos deixar algo ir para dar lugar ao novo. Nossa vida contém diversos nascimentos, mortes e renascimentos, mas, muitas vezes, não nos damos conta desse movimento que rege a beleza do viver.
A Doula do Fim da Vida é uma profissional que auxilia as pessoas no planejamento de seus dias finais, mesmo na ausência de doenças crônicas. Ela se coloca à disposição, de maneira inteira, sem julgamentos, com sigilo e respeito às crenças individuais e à singularidade de cada ser humano, para acolher as angústias e ajudar a viver esta importante etapa da vida com leveza.
A doula pode apoiar no processo de luto ocasionado pela perda de um ente querido, de uma gestação ou de um animal de estimação. Também pode dar suporte às famílias que estão vivenciando doenças ou o processo natural de fim de vida.
O trabalho de uma doula do fim da vida é essencial para proporcionar conforto e apoio durante um momento tão delicado. Ao abordar a morte de forma consciente e preparada, é possível viver esta etapa com mais leveza e paz, permitindo uma despedida mais serena e significativa.
Eda Marçal é psicóloga de abordagem Junguiana, especializada em Desenvolvimento Humano, dedicada a promover autoconhecimento e saúde emocional, com registro profissional no Brasil e em Portugal.
